terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sangue oculto nas fezes

POLIPO ADENOMATOSO Hoje não falaremos de parasitas, mas de sangramentos via intestinal, e que podem ser causados por parasitas, e não é tão comum o parasita causar este sangramento e sim o sangue nas fezes ser decorrente de várias outras causas, entre elas o sangramento vivo que ocorre por lesões hemorroidárias, traumas, fístulas,traumatismo em pólipos, tumorações. Outros tipos de sangramento podem não ser visualizados e ocorrem com frequencia devido lesões neoplásicas e são detectados pela pesquisa de hemoglobina humana através de reações imunoquimicas.

A pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano, a partir dos 40 anos devido ao risco de desenvolvimento de câncer de cólon. Freqüentemente, este câncer não provoca sintomas senão em estágio bem avançado, às vezes com metástases.Principais sintomas : perda de peso, modificação dos hábitos de evacuação, modificação no formato das fezes, fezes sanguinolentas ou gordurosas, obstipação intestinal ou diarréia, etc...

O câncer do intestino grosso ou colonretal, é um mais comuns do mundo. É a causa mais comum de morte por câncer em pessoas não fumantes. Acredita-se que esteja relacionado a uma dieta rica em gordura e pobre em fibras. Acomete homens e mulheres sem distinção e a maioria dos tumores evolui a partir de pólipos adenomatosos (pequenos tumores benignos derivados de glândulas intestinais) que se desenvolvem na membrana mucosa do intestino grosso. Os pólipos do tipo viloso (achatados) têm um maior potencial para malignidade. Quanto maior o pólipo, mais perigoso (especialmente acima de 2,5 cm). A evolução do pólipo até o estágio de câncer leva em geral de 5 a 10 anos. Os sinais e sintomas mais comuns do câncer colorretal são:
  1. Mudança nos hábitos intestinais;
  2. Diarréia, constipação ou sensação de que o intestino não é esvaziado completamente;
  3. Sangue vermelho vivo ou escuro nas fezes;
  4. Fezes mais finas que o usual;
  5. Gases, distensão ou cólicas abdominais;
  6. Perda de peso sem motivo;
  7. Cansaço constante;
  8. Vômitos. Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma até que o tumor já esteja bastante avançado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Isospora belli

oocisto de Isospora, coloração de Ziehl-Neelsen modificada
Diagnóstico Laboratorial: Hoje o assunto é o diagnóstico laboratorial da isoporíase que é feito através da visualização dos oocistos nas fezes, em aspirados ou biópsias de mucosa do intestino delgado1. Quando nas fezes, geralmente mais de uma amostra de fezes deve ser solicitada para análise, pois a eliminação deste protozoário se faz de forma intermitente e a cada evacuação, sendo habitualmente a quantidade de oocistos eliminada pequena (2). Além disto, recomenda-se na solicitação do exame,comunicar ao laboratório a suspeita clínica para que o mesmo execute os procedimentos necessários para a identificação deste agente. As amostras de fezes frescas podem ser observadas diretamente pois os oocistos de Isospora são grandes e facilmente identificados em aumento de 400x em microscopia óptica comum. Entretanto, para aumentar a sensibilidade diagnóstica, pode-se utilizar técnicas de concentração do material fecal.
Quanto às formas de concentração, podem ser utilizadas a técnica de concentração pelo formol-acetato de etila modificado (centrífugo-sedimentação) ou técnicas de flutuação. O exame direto das fezes como no método de Kato-katz, é um método fácil e barato para o diagnóstico laboratorial da isosporíase (1).
Os oocistos são ovalados e medem de 22 a 33 µm de comprimento por 12 a 15 µm de largura. Ao serem expulsos nas fezes, os oocistos, em geral, ainda não completaram seu desenvolvimento, apresentando-se como uma massa citoplásmica nucleada de forma elíptica, repleta de granulações. Esta célula única é chamada de esporocisto, que em seguida divide-se em duas, originando dois esporocistos, dentro da mesma membrana frágil do oocisto. São destas duas formas que podem se apresentar nas fezes. Além da análise direta, pode-se lançar mão de técnicas de coloração, dentre as mais utilizadas destacam-se a coloração de Zielh-Neelsen modificada, Tricrômio ou Hematoxilina-Eosina. Nestes casos as amostras devem ser concentradas, coradas e posteriormente são levadas para observação em microscópios ópticos em aumentos de 400 e 1000x. Um estudo brasileiro revelou que a técnica de Zielh-Neelsen modificada continua sendo a mais indicada para uso rotineiro em laboratórios de análises clínicas, com relação ao diagnóstico da isosporose e que a utilização de técnicas de concentração do material constitui um fator primordial para aumento da sensibilidade da coloração de Zielh-Neelsen modificada. Outra técnica de coloração que pode ser utilizada é a Auramina-Rodamina. Além destas, a autofluorescência utilizando filtros ultravioleta de 330 a 380 mm é descrita como simples, rápida e sensível para o diagnóstico da infecção por Isospora belli. No hemograma pode ser observada eosinofilia e nas fezes é freqüente o encontro dos cristais de Charcot-Leyden em pacientes infectados por este protozoário. Referencias: 1- Martí MAF. Isospora belli. Servicio de Microbiologia, Hospital Clinico Universitário de Valencia – www.seimc.org/control/revi_Para/isosporabelli.htm. 2- Sears CL. Isospora belli, Sarcocystis species, Balantidium coli, Blastocystis hominis and Cyclospora. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R (ed). Mandell, Douglas and Bennett’s Principles and Practice of Infectious Diseases. 5a.ed, Churchill-Livingstone, Philadelphia, 2000, V.2, p 2915-16.

sábado, 12 de setembro de 2009

Criptosporidioses

oocistos de Cryptosporidium spp - coloração álcool-ácido resistente (Kinyoun).
Esta parasitose pode ser adquirida através de alimentos e água contaminados com os oocistos. Há muitos trabalhos científicos mostrando este tipo de contaminação, a fecal-oral.
A desinfecção destes oocistos não ocorre facilmente. dependendo da concentração o hipoclorito de sódio não é suficiente para este fim. A desinfecção com amoniaco, já é mais satisfatória e dá melhores resultados para a inativação dos oocistos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Artigo interessante de parasitologia

Bandin F et al. Cryptosporidiosis in paediatric renal transplantation. Pediatr Nephrol. 2009 Aug 28 Revisao de casos de transplante renal em criancas com diarreia. Investigacao dos casos para verificacao do agente.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Criptosporidioses

Esta doença é causada por parasitas do gênero Cryptosporidium. São protozoários, coccideos, descobertos em 1907 por Tizzer, em intestino de camundongo, quando foi identificado pela primeira vez. Atingia apenas animais, mas em 1976, é descrito no homem, como causador de diarréias intensas. É então a época do aparecimento muito forte das sindromes de imunodeficiências adquiridas, a AIDS. Pacientes com esta sindrome nao conseguem sobreviver aas infeccoes de qualquer natureza e vao ao obito. Os sintomas mais frequentes sao vomitos, nauseas, dores abdominais, e a diarreia com frequencia de evacuacoes de 5 a 6 vezes ao dia, atingindo tambem imunocompetentes, principalmente criancas em creches, orfanatos, escolas.... O diagnostico laboratorial e feito atraves do exame da amostra fecal com metodologia especifica, os metodos habituais podem nao diagnostica-lo. Mede de 4 a 6 micras, tem morfologia caracteristica, e arredondado e o metodo mais utilizado e a coloracao de Kinyoun, que permite diferencia-lo de outras estruturas presente nas fezes. O metodo de Ziehl-Neelsen tambem e utilizado para evidenciar o Cryptosporidium spp.