domingo, 26 de julho de 2009

Diphylobotrium

Lembram da tenia do peixe? Vamos relembrar ... esta parasitose ocorre em pessoas que ingerem carne de peixe crua e contaminada com o parasita. Peixe, no caso o salmão, que aliás é gostoso, possui muita proteina e á saudável... Os ovos são ovais ou elipsóides, muito parecidos com os de Ascaris lumbricoides e medem : 55 a 75 µm por 40 to 50 µm de largura e possuem um opérculo na extremidade. Podem ser identificados nas fezes , através do método de Lutz/Hoffman- sedimentação espontânea em água e sempre que houver um caso positivo no laboratório , a Vigilância epidemiológica deverá ser avisada Esta parasitose tenia causa dores abdominais e pode causar uma anemia. Chama-se Diphylobotrium . Falarei disto daqui a pouco. http://www.dpd.cdc.gov/DPDX/HTML/ImageLibrary/Diphyllobothriasis_il.htm

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ética no Laboratório Clínico

Ética- é a ciência da moral. E moral é a parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes; ética. Qual é a ética seguida dentro do laboratório? Gostei muito de um texto que encontrei na minha pesquisa, vou deixar aqui parte dele. O que é dever de todos:
  • SER HONESTO E DIGNO DE CONFIANÇA- ser honesto com suas limitações e competencias, evitando conflito de interesses e colocando o interesse do grupo e a integridade do laboratório em 1ºplano, não fazendo declarações enganosas e prejudiciais.
  • RESPEITAR A PRIVACIDADE- manter a privacidade e integridade dos dados e informações, assegurando sua proteção contra acesso não autorizado ou revelações acidentais a pessoas não autorizadas. Podemos exemplificar, com pessoas que vem fazer seu exame laboratorial e querem manter sua privacidade, aí de repente alguém do laboratório sai falando do resultado de forma que todos podem ouvir. Ou mesmo vão falar mal do colega de trabalho. Isto não é ético, fale à ele, para que possa explicar a situação que está gerando o "falatório".
  • HONRAR A CONFIDENCIALIDADE- o exame é do paciente e não seu....

A ética deve fazer parte das nossas vidas , da nossa educação, e serve aqui aquilo que Jesus disse um dia: Amai os seus semelhantes como a ti mesmo, respeite-o.

Até a próxima!

www.acmesecurity.org/laboratorio/codigodeetica

terça-feira, 21 de julho de 2009

Taenia sp

A Taenia é um parasita que está em nosso meio com uma frequência de aproximadamente 2 a 5%. Este parasita se manifesta no homem com sintomatologia no sistema gastrointestinal, como dores abdominais frequentes, fraqueza, dores em membros inferiores e nos casos mais antigos com anemia. A contaminação se dá através da ingestão de carne crua de bovinos ou suinos contaminadas com cisticercos. Cuidado ao ingerir hamburger crú ou quibe crú ou mesmo churrasco mal-passado. Saiba sempre a procedência da carne que vc ingere. Quando a pessoa que tem a tenia elimina os ovos no solo, estes ao serem ingeridos pelos bovinos vão formar cisticercos. Perigos da teníase: neurocisticercose, que pode causar convulsões, distúrbio mental, déficit neurológico focal e sinais de lesões intracerebrais. Pode ocorrer morte subitamente. Vide fotos em :http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Cysticercosis_il.htm

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Congresso de Patologia Clinica/ Medicina Laboratorial

Estão todos convidados para o Congresso da SBPC/ML, que este ano será na bonita cidade de Belo Horizonte. visite o site do Congresso na página da SBPC/ML. Lá vários professores e pesquisadores, experientes nas diversas áreas da patologia clínica, irão abordar questões atuais e importantes para a especialidade. Espero-os lá!

Controle de Qualidade

continuando com o controle de qualidade .... Dentro do Laboratório Clínico há necessidade de se fazer controle de qualidade dos exames, e de tudo o que é utilizado para realizá-los, isto sendo exposto de uma forma bem simplista. O laboratório de Parasitologia Clínica não permite controle de qualidade da mesma forma dos Laboratórios que realizam exames quantitativos, como as dosagens de glicose, ácido úrico, FSH, TSH, etc. Os exames são feitos através de pesquisa microscópica de material biológico, como fezes, sangue, liquidos corpóreos, lavados broncoalveolares, escarro e outros.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Controle de Qualidade em Parasitologia

É importante controlar a qualidade dos exames parasitológicos. São várias etapas que devem ser seguidas. Utiliza-se procedimento operacional padrão (POP) para a realização de exames laboratoriais com qualidade. O controle inicia na fase pré-analítica desde as orientações fornecidas para o paciente, que devem ser por escrito. A coleta adequada das fezes, permite exame adequado. O tipo de frasco, forma de coletar sem misturar com outras substâncias ( água de vaso sanitário, urina, etc..), o tempo entre a coleta e entrega da amsotra, local de armazenamento antes da entrega, número de amostras, intervalo entre as coletas enfim todos os detalhes devem ser vistos e cumpridos para que o exame seja realizado com qualidade.
O frasco para colocar a amostra é coletor universal (um frasco padronizado, conforme figura anexa) e pode ser adquirido em farmácias, drogarias ou fornecido pelo laboratório.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Giardia - sua história

Dúvidas no nome da Giardia, será ela lamblia; duodenalis ou intestinalis? Hoje vamos discorrer sobre este assunto, e como deve sair o nome deste parasita no resultado e no laudo do exame parasitológico dos pacientes? A Giardia foi inicialmente descrita por van Leeuwenhoek em 1681 ao examinar sua próprias fezes diarreicas ao microscópio. O organismo foi descrito com grandes detalhes por Lambl em 1859. Vejam, foram 178 anos depois da primeira descrição! Lambl pensou tratar-se de um organismo petencente ao genero Cercomonas e chamou-a de Cercomonas intestinalis. Em 1879, Grassi nomeou um organismo em roedores, agora conhecido como sendo uma espécie de Giardia, de Dimorphus muris, sem ter ciencia da descrição já feita por Lambl. Em 1882 e 1883, Kunstler descreveu um organismo em girino (?G. agilis) que chamou Giardia , a primeira vez que Giardia foi usada como nome de genero. Em 1888, Blanchard sugeriu o nome de Lamblia intestinalis , que Stiles mudou para G. duodenalis em 1902. Subsequentemente, Kofoid e Christiansen propuseram o nome de Giardia lamblia em 1915 e Giardia entérica em 1920. Continuou controverso o número de espécies de Giardia por muitos anos..... com alguns investigadores sugerindo nomes de espécies baseados no hospedeiro de origem e outros focando no aspecto morfológico. Por exemplo, mais de 40 nomes de espécies foram propostos baseados no hospedeiro de origem. Simon, por outro lado, usou critérios morfológicos para diferenciar entre G. lamblia e G. muris e aceitou o nome de G. lamblia para formas humanas. Em 1952, Filice publicou uma detalhada descrição morfológica da Giardia e propos que 3 nomes para espécie fossem usados baseados na morfologia do corpo médio: Giardia duodenalis, Giardia muris e Giardia agilis. As espécies com o nome de G. lamblia tornaram-se amplamente aceitas por volta de 1970. Desde os idos de 1980, alguns arriscaram a utilizar o nome de G. duodenalis, e nos anos de 199o, o nome G. intestinalis tem sido colocado em uso por outros pesquisadores. Assim, neste momento não parece ser adequado, não há razão para abandonar o termo G. lamblia, que é amplamente aceito pela literatura médica e científica. FONTE: Clinical Microbiology Reviews, July 2001, p. 447-475, Vol. 14, No. 3

terça-feira, 7 de julho de 2009

Diagnóstico de Giardia lamblia

GIARDIA LAMBLIA/INTESTINALIS Se há suspeita de giardiase, como fazer este diagnóstico ? Através do exame parasitológico das fezes, é um deles.
A coleta das fezes deve ser realizada em 3 dias diferentes, no espaço de 10 dias. Sugerimos a coleta das amostras em dias alternados, ou de 2 em 2 dias. As amostras, devem ser colocadas no coletor universal e preferencialmente enviadas ou levadas para o laboratório assim que forem coletadas. Lembrem-se que a qualidade do seu resultado de exame depende da coleta e do prazo de entrega da amostra. A fase pré-analítica é fundamental para o resultado ideal. A Giardia lamblia é um protozoário, possue 2 formas evolutivas: o trofozoita e o cisto, estruturas microscópicas. É muito comum em crianças, causa diarréia, dor abdominal, deficiência de vitaminas A, D, E, K, podendo interferir no humor do paciente. A transmissão e a contaminação se dá através de alimentos e água. As crianças que brincam com terra e areia, são mais susceptíveis e ao se alimentarem devem ter suas mãos bem lavadas. Pais e educadores devem estar atentos para transmitir às crianças os bons hábitos de higiene.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Schistosoma mansoni

Falaremos hoje sobre a cercária. A cercária é uma larva que se multiplica no caramujo: Biomphalaria glabrata A contaminação do caramujo , ocorre quando pessoas infectadas com vermes de Schistosoma mansoni eliminam fezes com os ovos deste verme. O mirácidio que fica dentro do ovo sai e encontra o caramujo. Isto geralmente ocorre na água. A cercária se multiplica dentro do caramujo, milhares delas são lançadas na água de lagoas contaminadas. Não consegui inserir a foto desta larva bifurcada. Existe um site de parasitologia muito bom para pesquisas, onde vcs poderão encontrar o esquema desta larva. O endereço é: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/Default.htm Até a próxima estou indo para o HCFMUSP.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Esquistossomose

Voce adquire o helminto, um verme que se aloja próximo da veia porta no fígado, ao se contaminar com a cercária. Existe em alguns locais do Brasil, principalmente nordeste, lagoas onde caramujos , como Biomphalaria glabrata, um molusco, ao encontrarem o mirácidio do ovo do Schistosoma mansoni, desenvolvem a cercária. Estas cercárias são eliminadas próximo a lagoas, ou mesmo rio sem muita correnteza e acabam penetrando na pele de pessoas que vão ali para tomar banho, brincar na água, se refrescar do calor. Estas cercárias entram pela pele e ocasionam um prurido, chamado "dermatite cercariana". Portanto cuidado ao mergulharem em lagoas desconhecidas... Falaremos do ciclo dentro do organismo humano posteriormente