quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Otimo atlas de Parasitologia Humana
Saiu ha algum tempo este atlas que tem ajudado a dar diagnostico para alguns casos raros de parasitoses...
O nome eh: ATLAS OF HUMAN PARASITOLOGY 5th Edition - Lawrence R Ash, PhD and Thomas C Oriel, PhD Editado pela American Society for Clinical Pathology(ASCP)- 2007.
Vale a pena ter um exemplar para consulta e estudo.Site para visualizacao:
http://www.ascp.org/ASCPStore/Store/Books.aspx?Mode=1
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Estrongiloidiase e a Imunodepressao
Neste trabalho em publicacao:
Eur J Intern Med. 2009 Dec;20(8):744-8. Epub 2009 Sep 27. " Prevention of strongyloides hyperinfection syndrome: a rheumatological point of view." Santiago M, Leitão B.
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, Brazil. mitter@svn.com.br
E abordada a infeccao pela larva de Strongyloides stercoralis, que eh um parasita que infecta o homem e na condicao de immunodeficiencia sofre disseminacao, causando a sindrome da hiperinfeccao por strongyloides (SHS)potentialmente fatal.
Neste trabalho eh feita uma revisao da literatura evidenciando profilaxia da SHS em pacientes imunosuprimidos com doencas reumatologicas, atraves do acesso a database do MEDLINE (de 1966 a 2008) com a seguintes base de dados: "strongyloidiasis", "disseminated strongyloidiasis", "Strongyloides stercoralis", "Strongyloides stercoralis dissemination", "strongyloides hyperinfection" e "syndrome", "treatment", "prophylaxis", "prevention", "immunocompromised", "immunodepression", "immunosuppressed", "immunosuppression", "corticosteroids", "glucocorticoids", "lupus erythematosus", "rheumatoid arthritis", "rheumatic diseases".
Tambem foi feita a procura dos estudos de terapeutica usando os mesmos termos.
Os resultados foram que no estudo de profilaxia da SHS foram identificados os pacientes reumaticos imunossuprimidos, mas em dois artigos estudados com diferentes opcoes de tratamento para a estrongiloidiase foram identificados e apresentados outros casos de imunodepressao. Como nao ha evidencia de que se deva fazer profilaxia de SHS em pacientes reumaticos immunosuprimidos, o esquema sugerido para que a profilaxia possa contar com resultados pode contar com resultados obtidos de estudos terapeuticos. Ivermectina tem a melhor performance,menor custo e maior eficacia, podendo ser a droga de escolha para a SHS em tais pacientes. Apesar de um esquema profilatico definitivo ter diso ainda definido , a opcao de 200 microg/kg/dia durante 2 dias, repetindo dentro de 2 semanas, parece ser uma abordagem razoavel. Tal esquema deve ser repetido a cada 6 meses em caso de persistir a immunosupressao em pacientes residentes de areas endemicas.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Vermes eliminados
Quais vermes poderão ser visualizados após a eliminação? O Ascaris lumbricoides, eh facilmente visualizado, 'semelhante a uma minhoca', pois eh um anelidio e faz parte dos vermes cilíndricos ou arredondados, se o paciente estiver com carga parasitaria grande este verme poderá ser eliminado por qualquer dos vários orifícios do nosso organismo , como nariz, ouvidos, boca, mas o mais comum eh ser eliminado pelas fezes.
Outro parasita visualizado nas fezes eh a taenia, ela eh eliminada com as fezes e no caso da taenia saginata poderá ocorrer eliminação fora da evacuação.Este verme eh semelhante a uma semente de pepino, geralmente esbranquiçado. Ao ser eliminado deve ser colocado com cuidado em um frasco de coleta de fezes, coletor universal, com solucao fisiologica e levado ao laboratorio para identificacao. Lembrem-se que os proglotes gravidos sao estruturas cheias de ovos de taenia, e estes ao serem ingeridos podem causar a cisticercose, principalmente se for taenia solium.
O Enterobius/Oxyurus eh eliminado na regiao anal. O verme ali encontrado, e diga-se de passagem causa muito prurido. eh a femea que esta ali para ovipor apos a fecundacao pelo macho. O macho morre , mas a femea desenvolve os ovos e se torna uma portadora de milhares deles. Muito cuidado, a contaminacao eh instantanea
Com caracteristicas diferentes" que nao sao vermes..... a identificacao deles deve ser feita por pessoas aptas, treinadas e capazes para isto.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Acanthamoeba
Sobre o mesmo tema já abordado em outra ocasião segue um trabalho original dos pesquisadores australianos:Jae Yee Ku MBChB,1 Fiona M Chan FRANZCO1 and Peter Beckingsale FRANZCO
Acanthamoeba keratitis cluster: an increase in Acanthamoeba keratitis in Australia. Clinical and Experimental Ophthalmology 2009; 37: 181–190
O trabalho foi realizado no Princess Alexandra Hospital, and The University of Queensland, Brisbane, Queensland, Australia
Trata do aumento do número de casos de queratite por Acanthamoeba, uma parasitose que poderá ser encontrada em nosso meio se pesquisada de forma adequada ou seja o clínico deve pensar nesta hipótese diagnóstica e através de cultura e dos dados clinicos de pacientes em uso de lentes de contato, fazer o diagnóstico.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Acanthamoeba
O genero Acanthamoeba Volkonsky possui pequenas amebas semelhantes `a Hartmanella;; o ectoplasma nao eh desenvolvido; cistos envolvidos por duas membranas, a esterna sendo enrugada e mamilada. O genero compreende v'arias esp'ecies.
Acanthamoeba castellani (Douglas)- este protozoario de vida livre foi isolado ha muitos anos (1930) por Castellani como contaminante de uma cultura de criptococo. Pouco depois, Douglas (1930)colocou o organismo no genero Hartmanella Alexeieff, denominando-o Hartmannella castellanii.
Tanto a Acanthamoeba como a Naegleria sao vastamente distribuidas na natureza onde se alimentam de bacterias e de outros microrganismos. Seus cistos, sao muito resistentes a dissecacao. Estes organismos podem ocasionar a queratite por uso de lentes de contato e meningencefalite sendo amebas de vida livre e detectadas atraves de exames laboratoriais, como culturas e coloracoes especiais.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Sangue oculto nas fezes
POLIPO ADENOMATOSO
Hoje não falaremos de parasitas, mas de sangramentos via intestinal, e que podem ser causados por parasitas, e não é tão comum o parasita causar este sangramento e sim o sangue nas fezes ser decorrente de várias outras causas, entre elas o sangramento vivo que ocorre por lesões hemorroidárias, traumas, fístulas,traumatismo em pólipos, tumorações. Outros tipos de sangramento podem não ser visualizados e ocorrem com frequencia devido lesões neoplásicas e são detectados pela pesquisa de hemoglobina humana através de reações imunoquimicas.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano, a partir dos 40 anos devido ao risco de desenvolvimento de câncer de cólon. Freqüentemente, este câncer não provoca sintomas senão em estágio bem avançado, às vezes com metástases.Principais sintomas : perda de peso, modificação dos hábitos de evacuação, modificação no formato das fezes, fezes sanguinolentas ou gordurosas, obstipação intestinal ou diarréia, etc...
O câncer do intestino grosso ou colonretal, é um mais comuns do mundo. É a causa mais comum de morte por câncer em pessoas não fumantes. Acredita-se que esteja relacionado a uma dieta rica em gordura e pobre em fibras. Acomete homens e mulheres sem distinção e a maioria dos tumores evolui a partir de pólipos adenomatosos (pequenos tumores benignos derivados de glândulas intestinais) que se desenvolvem na membrana mucosa do intestino grosso. Os pólipos do tipo viloso (achatados) têm um maior potencial para malignidade. Quanto maior o pólipo, mais perigoso (especialmente acima de 2,5 cm). A evolução do pólipo até o estágio de câncer leva em geral de 5 a 10 anos. Os sinais e sintomas mais comuns do câncer colorretal são:- Mudança nos hábitos intestinais;
- Diarréia, constipação ou sensação de que o intestino não é esvaziado completamente;
- Sangue vermelho vivo ou escuro nas fezes;
- Fezes mais finas que o usual;
- Gases, distensão ou cólicas abdominais;
- Perda de peso sem motivo;
- Cansaço constante;
- Vômitos. Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma até que o tumor já esteja bastante avançado.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Isospora belli
oocisto de Isospora, coloração de Ziehl-Neelsen modificada
Diagnóstico Laboratorial:
Hoje o assunto é o diagnóstico laboratorial da isoporíase que é feito através da visualização dos oocistos nas fezes, em aspirados ou biópsias de mucosa do intestino delgado1.
Quando nas fezes, geralmente mais de uma amostra de fezes deve ser solicitada para análise, pois a eliminação deste protozoário se faz de forma intermitente e a cada evacuação, sendo habitualmente a quantidade de oocistos eliminada pequena (2). Além disto, recomenda-se na solicitação do exame,comunicar ao laboratório a suspeita clínica para que o mesmo execute os procedimentos necessários para a identificação deste agente.
As amostras de fezes frescas podem ser observadas diretamente pois os oocistos de Isospora são grandes e facilmente identificados em aumento de 400x em microscopia óptica comum. Entretanto, para aumentar a sensibilidade diagnóstica, pode-se utilizar técnicas de concentração do material fecal.
Quanto às formas de concentração, podem ser utilizadas a técnica de concentração pelo formol-acetato de etila modificado (centrífugo-sedimentação) ou técnicas de flutuação. O exame direto das fezes como no método de Kato-katz, é um método fácil e barato para o diagnóstico laboratorial da isosporíase (1).
Os oocistos são ovalados e medem de 22 a 33 µm de comprimento por 12 a 15 µm de largura. Ao serem expulsos nas fezes, os oocistos, em geral, ainda não completaram seu desenvolvimento, apresentando-se como uma massa citoplásmica nucleada de forma elíptica, repleta de granulações. Esta célula única é chamada de esporocisto, que em seguida divide-se em duas, originando dois esporocistos, dentro da mesma membrana frágil do oocisto. São destas duas formas que podem se apresentar nas fezes.
Além da análise direta, pode-se lançar mão de técnicas de coloração, dentre as mais utilizadas destacam-se a coloração de Zielh-Neelsen modificada, Tricrômio ou Hematoxilina-Eosina. Nestes casos as amostras devem ser concentradas, coradas e posteriormente são levadas para observação em microscópios ópticos em aumentos de 400 e 1000x. Um estudo brasileiro revelou que a técnica de Zielh-Neelsen modificada continua sendo a mais indicada para uso rotineiro em laboratórios de análises clínicas, com relação ao diagnóstico da isosporose e que a utilização de técnicas de concentração do material constitui um fator primordial para aumento da sensibilidade da coloração de Zielh-Neelsen modificada. Outra técnica de coloração que pode ser utilizada é a Auramina-Rodamina.
Além destas, a autofluorescência utilizando filtros ultravioleta de 330 a 380 mm é descrita como simples, rápida e sensível para o diagnóstico da infecção por Isospora belli.
No hemograma pode ser observada eosinofilia e nas fezes é freqüente o encontro dos cristais de Charcot-Leyden em pacientes infectados por este protozoário.
Referencias:
1- Martí MAF. Isospora belli. Servicio de Microbiologia, Hospital Clinico Universitário de Valencia – www.seimc.org/control/revi_Para/isosporabelli.htm.
2- Sears CL. Isospora belli, Sarcocystis species, Balantidium coli, Blastocystis hominis and Cyclospora. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R (ed). Mandell, Douglas and Bennett’s Principles and Practice of Infectious Diseases. 5a.ed, Churchill-Livingstone, Philadelphia, 2000, V.2, p 2915-16.
sábado, 12 de setembro de 2009
Criptosporidioses
oocistos de Cryptosporidium spp - coloração álcool-ácido resistente (Kinyoun).
Esta parasitose pode ser adquirida através de alimentos e água contaminados com os oocistos. Há muitos trabalhos científicos mostrando este tipo de contaminação, a fecal-oral.
A desinfecção destes oocistos não ocorre facilmente. dependendo da concentração o hipoclorito de sódio não é suficiente para este fim. A desinfecção com amoniaco, já é mais satisfatória e dá melhores resultados para a inativação dos oocistos.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Artigo interessante de parasitologia
Bandin F et al. Cryptosporidiosis in paediatric renal transplantation. Pediatr Nephrol. 2009 Aug 28
Revisao de casos de transplante renal em criancas com diarreia. Investigacao dos casos para verificacao do agente.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Criptosporidioses
Esta doença é causada por parasitas do gênero Cryptosporidium. São protozoários, coccideos, descobertos em 1907 por Tizzer, em intestino de camundongo, quando foi identificado pela primeira vez. Atingia apenas animais, mas em 1976, é descrito no homem, como causador de diarréias intensas. É então a época do aparecimento muito forte das sindromes de imunodeficiências adquiridas, a AIDS. Pacientes com esta sindrome nao conseguem sobreviver aas infeccoes de qualquer natureza e vao ao obito. Os sintomas mais frequentes sao vomitos, nauseas, dores abdominais, e a diarreia com frequencia de evacuacoes de 5 a 6 vezes ao dia, atingindo tambem imunocompetentes, principalmente criancas em creches, orfanatos, escolas....
O diagnostico laboratorial e feito atraves do exame da amostra fecal com metodologia especifica, os metodos habituais podem nao diagnostica-lo. Mede de 4 a 6 micras, tem morfologia caracteristica, e arredondado e o metodo mais utilizado e a coloracao de Kinyoun, que permite diferencia-lo de outras estruturas presente nas fezes. O metodo de Ziehl-Neelsen tambem e utilizado para evidenciar o Cryptosporidium spp.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Dúvidas na conservação de laminas úmidas para aulas
As laminas para aulas em escolas, laboratórios de faculdades e outros locais de ensino, requerem farto material positivo, que nem sempre pode ser encontrado com facilidade. Assim, visando a conservação das laminas já preparadas, existe algumas formas para melhor utilização das mesmas pelos alunos:
- A primeira delas é a vedação da laminula com esmalte. Não conserva muito tempo, mas melhora.
- Se o intervalo entre as aulas não for longo, se as laminas forem ser utilizadas no mesmo dia, pode-se acondicioná-las em camara umida, com o uso de placas de Petri grandes, colocando colocamos em seu interior gaze umidecida em água. As laminas são colocadas nesta Placa de forma a não se misturarem.
- Outra forma de conservação é fazer as laminas esperar secar um pouco e antes de colocar a laminula, acrescentar o Entelan, uma cola muito utilizada para montar as laminas no laboratório de anatomia patológica, já usei algumas vezes em material corado, mas neste tipo de material apenas tive contato com pessoas que utilizavam e dava certo, mas o mais dificil é acertar a quantidade de material na lamina .
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Garantia da Qualidade
Garantir qualidade dentro do laboratório hoje é fundamental! RDC 302 de 2005 exige que os laboratórios tenham qualidade e controles de qualidade interno e externo.
RDC 302 DE
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
43º Congresso Brasileiro de Patologia clinica/Medicina Laboratorial
Estaremos no 43º Congresso de Patologia Clinica/Medicina Laboratorial, em Belo Horizonte a partir de 15/08.
Serão abordados temas importantes para a especialidade médica . Estejam lá, participem , troquem idéias.
O laboratório de parasitologia clinica estará sendo abordado no seu aspecto Qualidade, como se adequar às normatizações vigentes? Os controles de qualidade interno e externo, a garantia da qualidade, aspectos de biosegurança, e outros aspectos clinicos sendo abordados nas doenças diarreicas. Participem !!!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Diarréias
As sindromes diarreicas ocorrem de forma frequente e podem ser devidas a bactérias, virús, parasitas e fatores extrínsecos. As parasitoses mais frequentes que causam diarréia são a Giardia, Entamoeba histolytica/dispar, Cryptosporidium, Cyclospora, Isospora e outros em menor grau. A via de contaminação para estas parasitoses é a fecal-oral. A água e os alimentos podem carrear parasitos e contaminar pessoas e até populações. Em 1995 teve um surto em Malwee nos EUA, quando os "blackberries", pequenas frutinhas parecidas com amoras, contaminadas com o Cryptosporidium, foram ingeridas e acabaram causando diarréia na população americana.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Prurido Anal....? pesquise ovos de Oxyurus
Sabe-se que o Oxyurus, também chamado de Enterobius vermicularis, causa intenso prurido na região anal de crianças, e mais raramente em adultos. O verme é visto sem auxílio de microscópio e se parece com uma linhazinha branca.
A criança ingere os ovos, que podem estar nas mãos, na areia, na terra, no pó da casa, nas roupas e eles se transformam nos vermes (machos e femeas ) no intestino, e ali se acasalam. O macho morre e a femea migra para a região anal onde elimina os ovos.
Esta migração ocorre á noite, quando o prurido se intensifica.
Para o diagnóstico laboratorial , não há necessidade da coleta das fezes, o paciente pode ir ao laboratório, pela manhã e lá será coletado da região anal através de fita gomada transparente, (durex) a amostra a ser examinada.
Nesta amostra pode ser encontrada a femea ou os ovos de Oxyurus .
Este método especialmente idealizado para isto chama-se ANAL SWAB OU MÉTODO DA FITA ADESIVA, e o médico solicita para o paciente com suspeita.
O paciente deve seguir sempre as orientações do laboratório para que o exame seja adequado.
Não se esqueça: um só exame pode não ser suficiente para um bom resultado.
domingo, 26 de julho de 2009
Diphylobotrium
Lembram da tenia do peixe? Vamos relembrar ... esta parasitose ocorre em pessoas que ingerem carne de peixe crua e contaminada com o parasita. Peixe, no caso o salmão, que aliás é gostoso, possui muita proteina e á saudável...
Os ovos são ovais ou elipsóides, muito parecidos com os de Ascaris lumbricoides e medem : 55 a 75 µm por 40 to 50 µm de largura e possuem um opérculo na extremidade. Podem ser identificados nas fezes , através do método de Lutz/Hoffman- sedimentação espontânea em água e sempre que houver um caso positivo no laboratório , a Vigilância epidemiológica deverá ser avisada
Esta parasitose tenia causa dores abdominais e pode causar uma anemia. Chama-se Diphylobotrium . Falarei disto daqui a pouco.
http://www.dpd.cdc.gov/DPDX/HTML/ImageLibrary/Diphyllobothriasis_il.htm
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ética no Laboratório Clínico
Ética- é a ciência da moral.
E moral é a parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes; ética.
Qual é a ética seguida dentro do laboratório? Gostei muito de um texto que encontrei na minha pesquisa, vou deixar aqui parte dele.
O que é dever de todos:
- SER HONESTO E DIGNO DE CONFIANÇA- ser honesto com suas limitações e competencias, evitando conflito de interesses e colocando o interesse do grupo e a integridade do laboratório em 1ºplano, não fazendo declarações enganosas e prejudiciais.
- RESPEITAR A PRIVACIDADE- manter a privacidade e integridade dos dados e informações, assegurando sua proteção contra acesso não autorizado ou revelações acidentais a pessoas não autorizadas. Podemos exemplificar, com pessoas que vem fazer seu exame laboratorial e querem manter sua privacidade, aí de repente alguém do laboratório sai falando do resultado de forma que todos podem ouvir. Ou mesmo vão falar mal do colega de trabalho. Isto não é ético, fale à ele, para que possa explicar a situação que está gerando o "falatório".
- HONRAR A CONFIDENCIALIDADE- o exame é do paciente e não seu....
A ética deve fazer parte das nossas vidas , da nossa educação, e serve aqui aquilo que Jesus disse um dia: Amai os seus semelhantes como a ti mesmo, respeite-o.
Até a próxima!
terça-feira, 21 de julho de 2009
Taenia sp
A Taenia é um parasita que está em nosso meio com uma frequência de aproximadamente 2 a 5%.
Este parasita se manifesta no homem com sintomatologia no sistema gastrointestinal, como dores abdominais frequentes, fraqueza, dores em membros inferiores e nos casos mais antigos com anemia.
A contaminação se dá através da ingestão de carne crua de bovinos ou suinos contaminadas com cisticercos.
Cuidado ao ingerir hamburger crú ou quibe crú ou mesmo churrasco mal-passado.
Saiba sempre a procedência da carne que vc ingere.
Quando a pessoa que tem a tenia elimina os ovos no solo, estes ao serem ingeridos pelos bovinos vão formar cisticercos.
Perigos da teníase: neurocisticercose, que pode causar convulsões, distúrbio mental, déficit neurológico focal e sinais de lesões intracerebrais. Pode ocorrer morte subitamente.
Vide fotos em :http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Cysticercosis_il.htm
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Congresso de Patologia Clinica/ Medicina Laboratorial
Estão todos convidados para o Congresso da SBPC/ML, que este ano será na bonita cidade de Belo Horizonte.
visite o site do Congresso na página da SBPC/ML. Lá vários professores e pesquisadores, experientes nas diversas áreas da patologia clínica, irão abordar questões atuais e importantes para a especialidade.
Espero-os lá!
Controle de Qualidade
continuando com o controle de qualidade ....
Dentro do Laboratório Clínico há necessidade de se fazer controle de qualidade dos exames, e de tudo o que é utilizado para realizá-los, isto sendo exposto de uma forma bem simplista.
O laboratório de Parasitologia Clínica não permite controle de qualidade da mesma forma dos Laboratórios que realizam exames quantitativos, como as dosagens de glicose, ácido úrico, FSH, TSH, etc.
Os exames são feitos através de pesquisa microscópica de material biológico, como fezes, sangue, liquidos corpóreos, lavados broncoalveolares, escarro e outros.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Controle de Qualidade em Parasitologia
É importante controlar a qualidade dos exames parasitológicos.
São várias etapas que devem ser seguidas. Utiliza-se procedimento operacional padrão (POP) para a realização de exames laboratoriais com qualidade.
O controle inicia na fase pré-analítica desde as orientações fornecidas para o paciente, que devem ser por escrito. A coleta adequada das fezes, permite exame adequado. O tipo de frasco, forma de coletar sem misturar com outras substâncias ( água de vaso sanitário, urina, etc..), o tempo entre a coleta e entrega da amsotra, local de armazenamento antes da entrega, número de amostras, intervalo entre as coletas enfim todos os detalhes devem ser vistos e cumpridos para que o exame seja realizado com qualidade.
O frasco para colocar a amostra é coletor universal (um frasco padronizado, conforme figura anexa) e pode ser adquirido em farmácias, drogarias ou fornecido pelo laboratório.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Giardia - sua história
Dúvidas no nome da Giardia, será ela lamblia; duodenalis ou intestinalis?
Hoje vamos discorrer sobre este assunto, e como deve sair o nome deste parasita no resultado e no laudo do exame parasitológico dos pacientes?
A Giardia foi inicialmente descrita por van Leeuwenhoek em 1681 ao examinar sua próprias fezes diarreicas ao microscópio. O organismo foi descrito com grandes detalhes por Lambl em 1859. Vejam, foram 178 anos depois da primeira descrição!
Lambl pensou tratar-se de um organismo petencente ao genero Cercomonas e chamou-a de Cercomonas intestinalis.
Em 1879, Grassi nomeou um organismo em roedores, agora conhecido como sendo uma espécie de Giardia, de Dimorphus muris, sem ter ciencia da descrição já feita por Lambl.
Em 1882 e 1883, Kunstler descreveu um organismo em girino (?G. agilis) que chamou Giardia , a primeira vez que Giardia foi usada como nome de genero.
Em 1888, Blanchard sugeriu o nome de Lamblia intestinalis , que Stiles mudou para G. duodenalis em 1902.
Subsequentemente, Kofoid e Christiansen propuseram o nome de Giardia lamblia em 1915 e Giardia entérica em 1920.
Continuou controverso o número de espécies de Giardia por muitos anos..... com alguns investigadores sugerindo nomes de espécies baseados no hospedeiro de origem e outros focando no aspecto morfológico. Por exemplo, mais de 40 nomes de espécies foram propostos baseados no hospedeiro de origem.
Simon, por outro lado, usou critérios morfológicos para diferenciar entre G. lamblia e G. muris e aceitou o nome de G. lamblia para formas humanas.
Em 1952, Filice publicou uma detalhada descrição morfológica da Giardia e propos que 3 nomes para espécie fossem usados baseados na morfologia do corpo médio: Giardia duodenalis, Giardia muris e Giardia agilis.
As espécies com o nome de G. lamblia tornaram-se amplamente aceitas por volta de 1970. Desde os idos de 1980, alguns arriscaram a utilizar o nome de G. duodenalis, e nos anos de 199o, o nome G. intestinalis tem sido colocado em uso por outros pesquisadores.
Assim, neste momento não parece ser adequado, não há razão para abandonar o termo G. lamblia, que é amplamente aceito pela literatura médica e científica.
FONTE: Clinical Microbiology Reviews, July 2001, p. 447-475, Vol. 14, No. 3
terça-feira, 7 de julho de 2009
Diagnóstico de Giardia lamblia
GIARDIA LAMBLIA/INTESTINALIS
Se há suspeita de giardiase, como fazer este diagnóstico ?
Através do exame parasitológico das fezes, é um deles.
A coleta das fezes deve ser realizada em 3 dias diferentes, no espaço de 10 dias.
Sugerimos a coleta das amostras em dias alternados, ou de 2 em 2 dias. As amostras, devem ser colocadas no coletor universal e preferencialmente enviadas ou levadas para o laboratório assim que forem coletadas. Lembrem-se que a qualidade do seu resultado de exame depende da coleta e do prazo de entrega da amostra. A fase pré-analítica é fundamental para o resultado ideal.
A Giardia lamblia é um protozoário, possue 2 formas evolutivas: o trofozoita e o cisto, estruturas microscópicas. É muito comum em crianças, causa diarréia, dor abdominal, deficiência de vitaminas A, D, E, K, podendo interferir no humor do paciente. A transmissão e a contaminação se dá através de alimentos e água. As crianças que brincam com terra e areia, são mais susceptíveis e ao se alimentarem devem ter suas mãos bem lavadas. Pais e educadores devem estar atentos para transmitir às crianças os bons hábitos de higiene.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Schistosoma mansoni
Falaremos hoje sobre a cercária.
A cercária é uma larva que se multiplica no caramujo: Biomphalaria glabrata
A contaminação do caramujo , ocorre quando pessoas infectadas com vermes de Schistosoma mansoni eliminam fezes com os ovos deste verme.
O mirácidio que fica dentro do ovo sai e encontra o caramujo. Isto geralmente ocorre na água.
A cercária se multiplica dentro do caramujo, milhares delas são lançadas na água de lagoas contaminadas.
Não consegui inserir a foto desta larva bifurcada. Existe um site de parasitologia muito bom para pesquisas, onde vcs poderão encontrar o esquema desta larva. O endereço é: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/Default.htm
Até a próxima estou indo para o HCFMUSP.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Esquistossomose
Voce adquire o helminto, um verme que se aloja próximo da veia porta no fígado, ao se contaminar com a cercária. Existe em alguns locais do Brasil, principalmente nordeste, lagoas onde caramujos , como Biomphalaria glabrata, um molusco, ao encontrarem o mirácidio do ovo do Schistosoma mansoni, desenvolvem a cercária. Estas cercárias são eliminadas próximo a lagoas, ou mesmo rio sem muita correnteza e acabam penetrando na pele de pessoas que vão ali para tomar banho, brincar na água, se refrescar do calor. Estas cercárias entram pela pele e ocasionam um prurido, chamado "dermatite cercariana".
Portanto cuidado ao mergulharem em lagoas desconhecidas...
Falaremos do ciclo dentro do organismo humano posteriormente
terça-feira, 30 de junho de 2009
O porque deste Blog de Parasitologia
Ter um Blog de parasitologia pode ser o inicio de soluções a muitas dúvidas que nos acometem no dia-a-dia , não só quanto ao diagnóstico de doenças parasitárias do clínico frente ao seu paciente, mas quanto ao diagnóstico laboratorial das mesmas.
O que são parasitas?
São seres que se alojam em outros seres vivos e vivem do que eles fornecem. Muitos parasitas vivem anos a fio albergando outro ser vivo e não chegam a matá-lo, mas a lesá-lo em alguns orgãos. Os exemplos são muitos e podemos começar com o Schistosoma mansoni, um verme que ocasiona "barriga d'agua" em algumas regiões do Brasil.
Falaremos mais detalhadamente dele...
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